Pipeta

A pipeta é um instrumento de laboratório empregado para a transferência precisa de líquidos entre frascos.
Dois líquidos de diferentes cores sendo transferidos para um tubo de ensaio com o uso de pipetas.
Pipetas são instrumentos de transferência de líquidos.
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As pipetas são instrumentos de laboratório usados para a transferência de líquidos entre frascos com rigorosa precisão e variam na escala de volume de mililitro até microlitro. São construídas em vidro borossilicato ou em plástico e são altamente calibradas. Por isso, não devem serem submetidas a intensas variações de temperatura.

Veja também: Bico de Bunsen — um pequeno queimador usado em laboratórios para aquecer substâncias

Resumo sobre pipeta

  • As pipetas são instrumentos de laboratório.

  • São usadas para a transferência de líquidos entre frascos distintos com elevada precisão.

  • As pipetas são fabricadas em vidro ou plástico.

  • Existem diferentes tipos de pipeta — de vidro, de plástico e automática —, escolhidas de acordo com a demanda.

  • As pipetas de vidro são as pipetas volumétricas, graduadas e de Pasteur.

  • As pipetas volumétricas transferem um volume predeterminado.

  • As pipetas graduadas podem transferir diferentes quantidade de líquidos, dentro da sua margem de capacidade.

  • As pipetas de Pasteur são mais conhecidas como conta-gotas e podem transferir líquidos em pequenos volumes e quando não se necessita de grande precisão na medida.

  • A principal pipeta de plástico é a pipeta de transferência, uma versão plástica e descartável da pipeta de Pasteur.

  • As pipetas automáticas, ou micropipetas, transferem líquidos na escala de mililitro (10-6 L).

Qual a função da pipeta?

Pipeta transferindo líquido para um tubo de ensaio, um instrumento muito usado no preparo de soluções e diluições.
Pipetas são usadas no preparo de soluções e diluições.

As pipetas são utensílios de laboratório que têm a função de transferir líquidos de um frasco para outro com controle rigoroso de volume. São empregadas na preparação de soluções, diluições e outros ensaios que demandam controle de volume.

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Características da pipeta

As pipetas podem ser de plástico ou de vidro. Além disso, as pipetas também podem ser manuais ou automatizadas. Ainda, é importante destacar que existem pipetas para diferentes quantidades de líquido a ser transferido, que vão desde a escala de mililitros (mL) até uma escala de volume muito pequena, como microlitros (µl).

Elas são projetadas para conter (TC) ou para entregar (TD) um volume especificado de líquido. As pipetas “para conter” conterão um determinado volume, mas não dispensarão no frasco o volume exato. Esse utensílio é indicado pela inscrição TC, abreviatura em inglês para to contain (conter). As pipetas “para dispensar” dispensarão no frasco desejado exatamente o volume indicado. A inscrição TD indica essa funcionalidade e vem da abreviatura em inglês para to deliver (dispensar). Cada instrumento possui os símbolos TC ou TD carimbados em seu corpo diretamente de fábrica.

Como as pipetas são instrumentos de precisão, não devem ser colocadas em equipamentos de laboratório em temperatura diferente da temperatura ambiente, como refrigeradores, estufas e autoclaves. A variação de temperatura pode causar expansão ou contração do material, alterando a precisão do volume indicado.

Tipos de pipeta

Os três tipos básicos de pipetas são: de vidro, plásticas e automáticas. Veja sobre elas a seguir.

→ Pipeta de vidro

As pipetas de vidro são fabricadas em um tipo de vidro conhecido como borossilicato. Veja a seguir alguns tipos de pipeta de vidro.

  • Pipeta volumétrica

A pipeta volumétrica é fabricada em vidro e é conhecida como pipeta de bulbo ou de barriga. Elas são usadas para medir um volume exato de único de líquido, com alta precisão (até quatro algarismos significativos). Essas pipetas são calibradas para um único volume de líquido, que é informado no corpo de vidro do utensílio.

Diferentes pipetas volumétricas, um dos tipos de pipeta de vidro.
A pipeta volumétrica possui um bulbo e mede uma quantidade exata de líquido.
  • Pipeta graduada

A pipeta graduada possui a medição de volume ao longo do tubo de vidro, em pequenas divisões, como uma régua, que vão desde a base até o topo da pipeta. Assim, permite a transferência de diferentes volumes de líquidos, a depender da necessidade. Pipetas graduadas menores costumam ser mais precisas do que pipetas graduadas de maior volume. Geralmente, elas existem em volumes variam de 1 mL até 25 mL.

São acionadas por meio de um bulbo de borracha ou um pipetador, os quais são acoplados no topo e servem para sugar o líquido.

Pipetas graduadas de 5 e de 10 mL, um dos tipos de pipeta de vidro.
 Pipetas graduadas de 5 e de 10 mL.

Assim como a pipeta graduada, a pipeta volumétrica também é acionada por meio de um bulbo de borracha ou um pipetador, os quais são acoplados no topo e servem para sugar o líquido.

  • Pipeta de Pasteur

A pipeta de Pasteur geralmente possui tubo de vidro com um bulbo de borracha ou plástico acoplado, para sugar o líquido. É importante destacar que, apesar de o tubo da pipeta de Pasteur geralmente ser de vidro, ela também pode ser de plástico.

Também são conhecidas como conta-gotas. São usadas para a transferência de líquidos em pequenos volumes e quando não se necessita de grande precisão na medida. Esse tipo de pipeta foi batizado em homenagem ao cientista Louis Pasteur.

Pipeta de Pasteur isolada em um fundo branco, um dos tipos de pipeta de vidro.
Pipeta de Pasteur.

→ Pipeta de plástico

As pipetas plásticas são feitas com polietilenotereftalato (PET). Veja a seguir o principal tipo de pipeta de plástico.

  • Pipeta de transferência

As pipetas de transferência são muito semelhantes às pipetas de Pasteur, mas são confeccionadas em material plástico, pois a ideia é serem descartáveis (uso único).

Pipetas plásticas de transferência sobre uma superfície plana e escura, um dos tipos de pipeta de plástico.
Pipetas plásticas de transferência.

→ Pipeta automática

As pipetas automáticas são mais conhecidas como micropipetas e são extremamente exatas e precisas. São construídas visando à transferência de volumes de líquido na escala de microlitros.

O ajuste de volume é selecionado pelo operador, e a micropipeta suga o volume descrito automaticamente. Em razão do mecanismo de funcionamento, esse tipo de pipeta é bastante preciso para volumes pequenos.

Pessoa manipulando uma micropipeta, a forma como é mais conhecida a pipeta automática.
As micropipetas são automáticas e possuem alta precisão para pequenos volumes de líquidos.

As micropipetas são acionadas por molas e necessitam de calibração em intervalos de meses para que se mantenha a sua precisão.

Veja também: Vidrarias de laboratório — os utensílios de vidro usados para análises, separação de misturas, reações e testes

Como funciona a pipeta?

As pipetas funcionam com o auxílio de pipetadores, que têm a função de atuar como uma fonte de vácuo para o seu preenchimento, auxiliando no controle do fluxo e do volume aspirado. Os pipetadores clássicos são feitos de borracha e conhecidos como pera de laboratório.

Pipetador de borracha ou “pera de laboratório”, o tipo clássico de pipetador, que auxilia o funcionamento da pipeta.
Pipetador de borracha ou “pera de laboratório”, o tipo clássico de pipetador.

Outro tipo de pipetador mais moderno são os chamados pi-pump, que não possuem botão para sucção, mas sim um disco que promove o controle do volume de entrada do líquido.

Pipetador tipo pi-pump, um tipo mais moderno de pipetador, que auxilia o funcionamento da pipeta.
Pipetador tipo pi-pump, um tipo mais moderno de pipetador.

Nas pipetas automáticas, a sucção de líquidos ocorre por deslocamento de ar. Ao pressionar o êmbolo, o pistão dentro do instrumento se move para baixo expulsando o ar (de acordo com o volume predeterminado). O volume de ar deslocado pelo pistão é igual ao volume de líquido que será aspirado.

Por Ana Luiza Lorenzen Lima