Rubídio (Rb)

O rubídio é um metal altamente maleável, prateado e brilhante. Muito reativo, esse elemento é o segundo alcalino mais eletropositivo.
Imprimir
Texto:
A+
A-

O rubídio é um metal alcalino, de número atômico 37, e o primeiro elemento do quinto período da tabela periódica. Isso significa dizer que ele possui cinco camadas eletrônicas preenchidas, possuindo um elétron na camada de valência.

Metal com alta maleabilidade, é aplicado em tratamentos medicinais como fonte radioativa, em sensores de luz, entre outras aplicações. É um metal relativamente raro, caro e muito reativo, o que dificulta sua aplicação comercial em larga escala.

Leia também: Enxofre – elemento que representa 3% da massa terrestre

Propriedades do rubídio

  • Símbolo: Rb.

  • Massa atômica: 85,4678 u.

  • Número atômico: 37.

  • Eletronegatividade: 0,82.

  • Configuração eletrônica: 1s2 2s2 2p6 3s2 3p6 4s2 3d10 4p6 5s1.

  • Série química: metal alcalino e elemento do 5º período.

  • Ponto de fusão: 39,3 °C.

  • Ponto de ebulição: 688 °C.

Características do rubídio

Como todo metal alcalino, esse elemento é bastante reativo, sendo formador de vários compostos, como:

  • carbonato de rubídio (Rb2CO3);

  • hidróxido de rubídio (RbOH);

  • nitrato de rubídio (RbNO3);

  • óxido de rubídio (Rb2O);

  • sulfeto de rubídio (Rb2S);

  • brometo de rubídio (RbBr);

  • cloreto de rubídio (RbCI);

  • fluoreto de rubídio (RbF);

  • iodeto de rubídio (RbL).

Não pare agora... Tem mais depois da publicidade ;)

Ele reage com dióxido de carbono, hidrogênio, nitrogênio, enxofre e halogênios. Além disso, possui coloração prateada e densidade de 1,93 g/cm³. Oxida rapidamente em contato com o ar e reage facilmente, às vezes sendo até explosivo.

Fragmento de lepidolite, uma das principais fontes do rubídio.
Fragmento de lepidolite, uma das principais fontes do rubídio.

História do rubídio

O rubídio foi descoberto em 1861, por R. Bunsen e G. Kirchhoff, dois químicos alemães, por meio do recém-inventado espectroscópio. Observando linhas específicas para elementos que eles submeteram a uma chama presente no instrumento, começaram a testar cloretos — como os de sódio, potássio e bário — e perceberam que, para cada espécie que eles expuseram ao calor da chama, depois que a luz havia sido separada dos seus componentes, havia linhas específicas para cada elemento.

Dessa forma, eles concluíram que essa era uma análise qualitativa que poderia ser usada para identificar elementos e, assim, logo chegaram ao rubídio, que foi nomeado por conta da principal linha de emissão, que tinha coloração vermelha, observada no espectro pelos químicos. Assim, inspirados na palavra em latim rubidus, que significa vermelho, batizaram o novo elemento.

O experimento inicial se deu com a extração do mineral lepidolita e, pouco tempo depois da descoberta do novo elemento, Bunsen conseguiu isolar o rubídio na sua forma metálica e também determinar algumas de suas propriedades, como a densidade e a massa atômica, com bastante precisão.

Veja também: O que são elementos transurânicos?

Onde o rubídio é encontrado?

Esse elemento é o 22° mais abundante na crosta terrestre, e os principais minerais que contêm rubídio em sua composição são:

  • polucita;

  • leucita;

  • carnalita;

  • lepidolita.

Minerais que são fontes de rubídio.
Minerais que são fontes de rubídio.

Ele pode ser encontrado em diversos lugares. No oceano, por exemplo, é 18° elemento mais abundante. Não são conhecidos minerais em que o rubídio é o elemento predominante, e o seu comportamento químico é muito parecido com o do potássio e o do sódio, portanto ele ocorre como impureza nesses minerais que foram citados acima.

Onde o rubídio é usado?

As aplicações práticas do rubídio são de certa forma restritas, em virtude de sua raridade e preço. No entanto, ele pode ter usos industriais e laboratoriais, sendo utilizado, por exemplo, como Getter (depósito de material reativo) em sistemas de vácuo. Nesse caso, sua função é absorver, por meio de reação química, pequenas quantidades de gás oxigênio tanto em tubulações quanto em câmaras de vácuo para garantir que o “grau” correto de vácuo seja atingido.

Outro exemplo da aplicação desse elemento é o isótopo artificial rubídio-82, que é importante fonte de radiação para a medicina nuclear em exames de tomografia. Além disso, rubídios não radioativos são usados no tratamento de epilepsia e como reagentes em procedimentos farmacêuticos.

Outro destaque é o iodeto de prata e rubídio, um composto iônico que é conhecido como o que possui maior condutividade elétrica, sendo utilizado na fabricação de diversas baterias. Por fim, por apresentar uma cor de queima violeta, o rubídio pode ser usado nos populares fogos de artifício.

Precauções com o rubídio

Por sua característica de fácil reação, esse elemento costuma ser comercializado em ampolas que contêm argônio ou às vezes em óleo de parafina, que é bastante inerte, a fim de proteger e não expor a amostra, o que pode provocar até explosões, dependendo daquilo com o que ele possa vir a reagir. Essa reatividade faz do rubídio um metal perigoso, que deve ser armazenado e manipulado com cuidado.

Por Laysa Bernardes Marques de Araújo